Por Berna Almeida

crônicas -

Nossas Escolhas.. que Culpa o Mundo Tem?


Há dias que não acordamos bem, há dias que não queremos papo, há dias que não queremos nem levantar da cama.

Faz parte do processo…

O descaso nos apodera, a angustia, os cansaços entrelaçam nossas mãos…

Há dias que se pudéssemos sumiria de vez de tudo aquilo que nos tira a paz, e desestrutura nossas almas.

Mas afinal…

Que culpa tem o outro de nossas escolhas?


Por que nos achamos no direito de vomitar na cara do mundo todas as nossas angustias, decepções, derrotas, etc?

Mas com que direito fazemos da casa do outro, extensão de nossas casas?

Você sabe se na casa do outro os tratamentos entre si são com palavrões de baixo calão, se são destituídos do respeito entre si, a brandura da voz, condutas sensatas e coerentes?

Vocês já pararam para pensar que quando estamos passando por um determinado problema, há milhares cruzando nossos caminhos e que provavelmente passando por problemas maiores que os nossos?

Não é justo responsabilizar o outro pela opção que um dia você fez nada vida. Cuidar de alguém independente da patologia, é complexo, ficamos sequelados, sem rumo, perdidos… – mas isto não dá direito a mim e muito menos a você, em sair por aí vomitando nossas crises existenciais.


A situação mundial já não está fácil para ninguém, e sendo assim, precisamos cuidar de nossas armas emocionais, elas precisam ser produtivas, precisamos ser coerentes, sábios, precisamos nos filtrar para que tenhamos uma visão sistemática do problema, ao invés de sairmos por aí com mil pedras na mão mirando os transeuntes.

Nos dias que você não estiver se sentindo bem, procure ajuda e se achar que não precisa, fique em sua casa lambendo as suas fétidas feridas, mas não gaste suas energias para ir na casa do outro para ofendê-lo, ou tirá-lo de sua vibração de paz.

Só damos o que temos, isto é fato, mas é preciso olhar para traz e nos lembrar que quem hoje cuidamos, é o responsável pela nossa existência, e isto deve ser motivo de alegria e gratidão, e caso seja outro tipo de parentela, serve de edificação para nossa evolução terrena.

Devemos emular somente com o intuito de crescimento e dádivas espirituais, pois não foi para trocar figurinhas e arrebentar portas a cada crise nossa, que fomos chamados.

Precisamos distender nossos aprendizados para um bem maior, sabendo que todos os nossos problemas têm o tamanho que damos a ele.

Indiferente a tudo que você queira fazer das suas escolhas, respeite a casa alheia e o dono dela, e jamais se esqueça que a única pessoa responsável por esta situação, é você mesmo.



Autoria: Berna Almeida